27 de ago. de 2006

Relógio sem tempo?!

Um relógio de parede de um corredor de prédio comercial... Várias pessoas passam por ele todos os dias, pessoas de todos os tipos, com seus problemas e alegrias. Aparentam ser alegres e imperturbáveis por alguma coisa. Os ponteiros não param, continuam nas suas rotinas de sempre, progredindo, indo. Mas sempre passam pelo mesmo caminho, isso não muda. Por algumas vezes se atrasam, por outras se adiantam, o que não dá muito certo. O relógio não agüenta mais isso, ele quer se livrar do prego que o segura, que o imobiliza. Mas se ele cair no chão pode se quebrar e as pessoas interminavelmente com pressa nem vão ligar pra ele. Então, o relógio vendo aquela pseudo felicidade dos desconhecidos mantém-se também nessa aparência falsada de felicidade. No entanto, no seu interior, suas engrenagens estão se quebrando. Ele vai continuar pendurado por um prego, inerte, infeliz? As pilhas podem acabar.

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