2 de mai. de 2006

Abstração...

"Os rios mais profundos são os mais silenciosos."


Na imaginação, o tráfego de idéias é plenamente livre e, desse conjunto, apenas só é exposto à realidade o que lhe seja pertinente. Analisando essa frase dita por uma amigo, silenciosa com meus pensamentos, percebo que as pessoas e a realidade em nossa volta são tão incertas quanto o nosso futuro.

Moralidade é configurada antes mesmo de muitos nascerem, mas feita por pessoas, que como eu, têm aspirações e uma consciência dependente do momento histórico em que estavam incumbidas. Tal moralidade, ditas, dogmamente, concreta e necessária de ser seguida pela sociedade, independente de nossos desejos, cria, com isso, um esteriótipo de ser humano digno de uma pseudo-liberdade e julgado, no fim de sua vida, por uma entidade metafísica.

As pessoas vêem suas vidas passarem, caracterizando-as por um conformismo e uma impotente refutação a tudo que lhe é imposto, a tudo que os outros dizem ser o correto, mesmo esses não sabendo nem o que é o ato de pensar. Estes condenam, por não pensarem, aquelas pessoas que os refutam e o modo como elas tentam viver. Por ser uma minoria, esse grupo de visão incomum, muitas vezes, acaba sendo submisso às características da maioria na atuação social, mas não no pensar.

Portanto, muitas pessoas acabam atuando nessa vida de julgamentos, elas acabam tendo a necessidade de mascarar suas concepções por causa de preconceitos, ou mesmo pré-conceitos, de uma maioria que se acha digna de sabedoria. Mas não tem melhor refúgio que a vida interior, o simples ato de pensar sem restrições ou regras. Acatemos um pensamento de Charlie Chaplin:

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance, ria e viva intensamente antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."



Um comentário:

Loan disse...

Muito bom post.